Para lembrar o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, comemorado no último domingo de janeiro, a Prefeitura de Belo Horizonte iniciou nesta segunda-feira, dia 20/01, ações de conscientização para o diagnóstico precoce da hanseníase.

Na academia da cidade do bairro Lindeia, oito turmas de quarenta pessoas, após os exercícios físicos, realizaram de uma roda de conversa com a educadora física Bruna Maria e a referência técnica da Secretaria Municipal de Saúde, Denise Pacis sobre a hanseníase. Na ocasião, houve esclarecimento de dúvidas a respeito das causas da doença, formas transmissão e tratamento.  “Devemos sempre chamar a comunidade, principalmente nos espaços que ela frequenta para conhecer sobre doenças  como a hanseníase. Ela tem cura e  se detectada e tratada precocemente,   de forma adequada, pode evitar incapacidades e as sequelas. Por isso, a necessidade de procurar as unidades básicas em caso de suspeita”, reforça Denise Pacis.

Vanderlúcio Lopes de Souza, de 68 anos, morador do Lindeia e assíduo na academia da cidade achou ótima a iniciativa de receber informes sobre doenças e o tratamento pela rede pública de saúde. “Muitos homens vêm para a academia, mas são relapsos na sua saúde em geral”, relata.  “Aqui os professores Walisson e Bruna sempre reforçam essa importância de conhecer e se cuidar. Agora serei também um mobilizador junto aos amigos e familiares para disseminar o conhecimento sobre a Hanseníase”, finaliza Vanderlúcio.

“Sou técnica de enfermagem aposentada e acho de extrema importância a informação sobre a hanseníase para a população. Muita gente desconhece ou tem preconceito. Não procura o medico para se tratar”,   conta Maria Helena Dias, aluna da academia. Ela reforça a importância das rodas de conversa para todos aos assuntos relacionados à saúde.  “Aqui tem saúde: aqui sabemos cada vez mais!”

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica e potencialmente incapacitante, se não diagnosticada precocemente. A transmissão geralmente ocorre pelas vias aéreas. Após 36 horas do início do tratamento, o paciente não transmite mais a doença, mas é necessário que ele não seja interrompido. O principal sintoma da hanseníase é o surgimento de manchas na pele, em sua maioria, com alteração de sensibilidade. Em 2019 foram notificados 38 casos novos da doença em residentes de Belo Horizonte.

As atividades acontecerão  até o dia 20 de fevereiro em vários locais públicos como academias da cidade e salas de espera das unidades de saúde . As ações também abrangem os profissionais de saúde quanto à busca ativa de casos novos.

Fonte:PBH
Foto: Kátia Gaspar/PBH