“Ah!… Mas eu sou muito agitado pra fazer yoga…”
Essa foi a frase dita por um amigo quando o convidei a fazer uma aula experimental de kundalini yoga.
Existem algumas imagens construídas sobre praticar yoga, e gostaria hoje de bater um papo sobre isso.
Primeiro vamos fazer uma experiência.
Por favor, feche seus olhos e veja a primeira referência que vem à sua memória quando você pensa em yoga?
Eu vou arriscar que, ou é uma mulher muito jovem, bonita, branca, magra, em poses acrobáticas, ou um indiano magrinho, semi nu, sentado meditando para sempre.
Convenhamos que nenhum de nós cabe nessa imagem, não é mesmo?
Inclusive meu amigo, sendo homem, imagina que yoga é leve demais, feminino demais e parado demais pra ele.
Bom, pra começo de conversa, yoga nada mais é que uma prática que busca a conexão entre o seu “eu finito”, ou seja, seu corpo físico, sua mente e sua existência como ser social, e o seu “eu infinito”, sua identidade verdadeira, sua porção divina, seu Eu Maior.
A conexão acontece no corpo físico, porque ele é o palco da nossa existência. Tudo acontece no corpo. Se ficamos nervosos, ansiosos ou felizes, sentimos isso no corpo.
Por isso usa-se o corpo físico e a mente como pontos para essa conexão através de exercícios (asanas), respirações (pranayamas) e meditações.
Não há como definir yoga como algo leve demais ou muito pesado, quando pensamos em exercício físico, porque a questão aqui trata de propósito e processo.
Propósito de trabalhar corpo, mente e espírito, e processo porque cada praticante o faz dentro do seu limite. E esse limite vai se expandindo, assim como a própria pessoa se sente expandir em mente e espírito, com o tempo de prática.
E essa prática traz muitos benefícios. A regulação dos sistemas do corpo, sobretudo dos sistemas nervoso e endócrino. Essa manutenção resulta em uma mente mais calma e calibre para resolver as questões da vida.
Praticar yoga nos leva a um importante processo de autoconhecimento.
Mas, e a meditação?
Essa prosa vai ficar para o próximo texto. Mas dou um spoiler, não precisa de parar de pensar.
Até!
Arte: Cristiane Faria